Não tenho conhecimento
De algo mais aborrecido
Que ter por divertimento
Um teste bem comprido...
Com o olhar enevoado
A porta é tudo o que vejo
E penso num lugarejo
Bem longe deste quadro
Ouço falar em pressões osmóticas
Que entre expressões caóticas
Causam grande aflição
Por pouca compreensão...
Soa um riso bem distante
Que me lembra a minha sina:
Falar de fungos com quitina
E do principio transformante...
Sem eu da conta de nada
O assunto fica tão mau!
E fico totalmente abismada
A olhar para o calhau...
Passo o tempo olhando o ar
Até que fico alerta...
A prof está a perguntar
E eu a armar-me em esperta!
Nada consigo captar,
Nem mesmo o que convem
É o granito a meteorizar
E o meu cérebro também...
Quando por fim tomo atenção
Vejo seixos, calhaus e godos...
E reparo que todos os outros
Estão na mesma situação:
A morrer de sonolência
Apanhados na dormência
Causada pela nostalgia
SAUDADES DA BIOLOGIA...
Adeus apontamentos
Vou bazar!
Já esqueci os sedimentos...
Agora quero é almoçar!!